E eu, noiva errante...
E eu, reinvento-me, viro-me do avesso,
Num ponto de partida,
Sem me deixar ir.
Como um hífen que liga os elementos das palavras compostas,
E sem resposta.
E eu, barco oscilante, (leia-se rompante)*
Em busca da luz de um farol,
Que me leve a bom porto,
Sã e a salvo de um passado convalescente...
E eu, vestida de branco, como uma noiva pura,
Vou deixando pegadas,
Como quem coloca uma mensagem dentro de uma garrafa
E a lança ao mar,
Na esperança que alguém a encontre, a leia, e lhe dê atenção.
* Sugestão do JAM